O avanço da COVID-19 em Santiago do Chile e sua relação com as vulnerabilidades socioambientais urbanas

Autores

DOI:

https://doi.org/10.15381/espiral.v2i4.19534

Palavras-chave:

Coronavirus, temperature de superfície, incidência

Resumo

A pandemia da COVID-19 obrigou os governos nacionais a realizar ações de isolamento social, com o objetivo de conter a propagação do vírus e seus efeitos brutais na saúde e no bem-estar da população. Este trabalho tem como objetivo analisar o comportamento desse avanço em Santiago do Chile, capital do país localizada na chamada Região Metropolitana, que possui mais de sete milhões de habitantes distribuídos em 38 comunas ou municípios. Por meio de imagens térmicas do satélite Landsat-7 é possível caracterizar as áreas mais vegetadas da cidade, que estão espacialmente correlacionadas com os setores de menor variação térmica e onde residem os grupos sociais de maior renda econômica. Foram cruzados os valores das temperaturas superficiais e as taxas de incidência da pandemia em cada comuna, para os meses de abril, maio e julho de 2020. As infecções surgiram no mês de abril, no início do outono, nas comunas mais ricas da cidade, localizadas no setor oriente, como Vitacura, Las Condes, Lo Barnechea e Providencia. No mês seguinte, espalharam-se de forma homogênea pela cidade, y em julho, no auge do inverno, preferencialmente as comunas mais pobres e alcançaram as maiores taxas de incidência, como La Granja, La Pintana, San Ramón, Renca e San Joaquín, com pelo menos 4.500 infecções por 100.000 habitantes, o que corresponde a 4,5% de suas populações atuais. Muitas incertezas persistem sobre o comportamento espacial da COVID-19 e seus fatores causais, incluindo o ambiente natural, representado pelo clima urbano, e os determinantes socioeconômicos de uma cidade caracterizada por profundas desigualdades socioeconômicas e socioambientais.

Publicado

2020-12-30

Edição

Seção

Artículos

Como Citar

Romero, H., & Mendes, F. H. (2020). O avanço da COVID-19 em Santiago do Chile e sua relação com as vulnerabilidades socioambientais urbanas. Espiral, Revista De geografías Y Ciencias Sociales, 2(4), 69-78. https://doi.org/10.15381/espiral.v2i4.19534