Poder e crise na América Latina

Autores

  • Aníbal Quijano Obregón Universidad Nacional Mayor de San Marcos, Lima, Perú

DOI:

https://doi.org/10.15381/espiral.v4i7.25431

Palavras-chave:

Sociedade/Estado, América Latina, participação autogerida, movimentos sociais, heterogeneidade estrutural, Inserção multissocial

Resumo

Publicamos um texto de Aníbal Quijano que visa abrir algumas questões relacionadas às relações entre a sociedade e o Estado na América Latina. A exploração deste problema tem como ponto de partida a discussão da questão da “participação” nas suas duas modalidades: por um lado, a “participação autogestionária”, enquanto intervenção dos trabalhadores na gestão das empresas; e, por outro lado, a “participação” dos “movimentos sociais”, onde são examinadas de perto suas relações com o Estado. O exame desses problemas os explora a partir da perspectiva da problemática do poder. Ele argumenta que a estrutura de poder na América Latina está em crise na medida em que a “modernização” capitalista explodiu “muito antes de ser capaz de produzir aquela homogeneização capitalista da sociedade latino-americana”. Uma de suas consequências é a desorganização dos padrões de agrupamento social, classe e não classe, e a emergência de uma nova heterogeneidade estrutural e a inserção multissocial e cultural de amplos setores da população. Nessa situação, escreve Quijano, “o que se chama ‘movimentos sociais’, com suas características peculiares, expressa a realidade do poder na América Latina, ou seja, seu tempo de crise”. O ensaio conclui traçando as perspectivas que se abrem para as relações entre a sociedade e o Estado na América Latina.

Publicado

2022-12-02

Edição

Seção

Clásicos

Como Citar

Quijano Obregón, A. (2022). Poder e crise na América Latina. Espiral, Revista De geografías Y Ciencias Sociales, 4(7), 125-138. https://doi.org/10.15381/espiral.v4i7.25431