Projeto de Mineração Conga vai Contra Conga, não vai. Terceira rota, “Parque Mundial do Ouro”

Autores

  • Orestes Diómedes Vargas Barboza Universidad Nacional Mayor de San Marcos. Lima, Peru

DOI:

https://doi.org/10.15381/espiral.v5i10.26713

Palavras-chave:

estresse hídrico, conflitos sociais, ouro, água, Terceira via não mineira

Resumo

A Mineração Yanacocha pretende extrair ouro removendo 92 mil toneladas de terra por dia durante 17 anos, o que resultaria na destruição de cinco lagoas (Perol, Azul, Mala, Chailguagón e Chica), 800 zonas húmidas, ruínas e outros recursos naturais. O objetivo deste estudo é questionar a viabilidade da extração de ouro através da destruição de lagoas e nascentes, especialmente num contexto de crescente estresse hídrico global. Em vez disso, propõe-se explorar a possibilidade de reorientar o investimento mineiro para o sector do turismo, o que é considerado viável dadas as actuais circunstâncias. Do ponto de vista metodológico, esta pesquisa enquadra-se no tipo básico de pesquisa e utiliza uma abordagem qualitativa auxiliada pelo método cartesiano de solução de problemas, com foco no dilema entre disponibilidade de água e extração de ouro. Os resultados obtidos através deste estudo mostraram que o projeto de mineração de Conga enfrenta uma oposição tenaz da população local, que está firmemente comprometida com a proteção dos seus recursos hídricos, conhecidos como “águas de Jalca”. Em conclusão, argumenta-se que a viabilidade do projecto mineiro de Conga é questionável devido à resistência da população local e às crescentes preocupações ambientais e estresse hídrico global. Assim, sugere-se a necessidade de reorientar o investimento mineiro para uma perspectiva turística, propondo a criação de um Museu Mundial do Ouro como uma alternativa mais sustentável e amiga do ambiente.

Publicado

2023-12-31

Edição

Seção

Trabajo de campo

Como Citar

Vargas Barboza, O. D. (2023). Projeto de Mineração Conga vai Contra Conga, não vai. Terceira rota, “Parque Mundial do Ouro”. Espiral, Revista De geografías Y Ciencias Sociales, 5(10), 79-90. https://doi.org/10.15381/espiral.v5i10.26713