Setenta e cinco anos de publicação de O ex-mágico (1947), de Murilo Rubião, e a instauração da ficção do insólito absurdo no Brasil
DOI:
https://doi.org/10.15381/tesis.v15i20.23618Palabras clave:
insólito absurdo, insólito, absurdo, fantástico clássico ou tradicional, discurso fantástico contemporâneoResumen
Ainda que, de fato, injustiças à parte, relegando ao esquecimento determinados autores e obras, a crítica tenda a reconhecer que, em 1855, com a publicação da antologia de contos Noite na taverna, de Álvares de Azevedo, sob o pseudônimo Job Stern, se inaugurou no Brasil a ficção fantástica, somente a partir do final da primeira metade do século XX, com Murilo Rubião, o fantástico começou a ganhar alguma visibilidade. O historiador e crítico literário Antonio Candido, ao comentar a nova narrativa brasileira, que despontaria a partir da terceira década desse século, observa que, "[c]om o livro de contos O ex-mágico (1947), [...] instaurou-se no Brasil a ficção do insólito absurdo" (Candido, 1987, p. 208). Dos quinze contos que integram o livro, apenas dois destoam completamente do que se possa conceituar insólito absurdo. Os demais correspondem perfeitamente ao discurso fantástico contemporâneo, seja pelo procedimento da actorialização, da espacialização, da temporalização ou da efabulação insólita, isolada ou combinadamente (Prada Oropeza, 2006).
Descargas
Métricas
Citas
Candido, A. (1987). A nova narrativa. En A educação pela noite & outros ensaios (pp. 199-215). Ática.
Covizzi, L. M. (1978). O insólito em Guimarães Rosa e Borges. São Paulo: Ática, 1978.
García, F. (2021). Insólito. En J. L. Jobim, N. Araújo, P. P. Sasse (orgs.). (Novas) Palavras da crítica (pp. 277-291). Edições Makunaima.
Niels, K. M. L. (2018). Fantástico à brasileira: manifestações do fantástico no Brasil oitocentista. [Tesis de doctorado, Universidade Federal Fluminense].
Niels, K. M. L. (2013). O cânone crítico e historiográfico de Álvares de Azevedo e a questão do fantástico em Noite na taverna. REVELL. Revista de Estudos Literários da UEMS (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul), 4,(2, 7), 95-103.
Niels, K. M. L. (2012). Noite na taverna: prosa atípica no romantismo nacional. Palimpsesto, 11(14), dossiê 3, 1-21.
Nunes, B. (2000). O tempo na narrativa. Ática.
Prada Oropeza, R. (2006). El discurso fantástico contemporáneo: tensión semántica y efecto estético. Semiosis, II(3), 54-76.
Werneck, H. (2016). A aventura solitária de um grande artista. Minas Gerais. Suplemento Literário. Murilo Rubião: o centenário do mágico. http://www.bibliotecapublica.mg.gov.br/index.php/pt-br/suplemento-litelario/edicoes-suplemento-literarios/edicoes-especiais-1/95--95/file
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2022 Flavio García, Luciana Morais da Silva

Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución 4.0.
LOS AUTORES RETIENEN SUS DERECHOS:
a. Los autores retienen sus derechos de marca y patente, y también sobre cualquier proceso o procedimiento descrito en el artículo.
b. Los autores retienen el derecho de compartir, copiar, distribuir, ejecutar y comunicar públicamente el artículo publicado en la revista Tesis (Lima) (por ejemplo, colocarlo en un repositorio institucional o publicarlo en un libro), con un reconocimiento de su publicación inicial en la revista Tesis (Lima).
c. Los autores retienen el derecho a hacer una posterior publicación de su trabajo, de utilizar el artículo o cualquier parte de aquel (por ejemplo: una compilación de sus trabajos, notas para conferencias, tesis, o para un libro), siempre que indiquen la fuente de publicación (autores del trabajo, revista, volumen, numero y fecha).