Colonialismo, marginalização e permanência do huauhtli em Morelos e Puebla, México

Autores

DOI:

https://doi.org/10.15381/espiral.v2i3.18448

Palavras-chave:

huauhtli, amaranto, alegría, povos originários, camponeses, colonialismo

Resumo

O huauhtli foi domesticado pelos povos originarios do centro do México, e entre 1500 y 900 a.C. já estava generalizado o seu cultivo entre os habitantes da região. Esta planta é comprendida como patrimônio histórico alimentaria em localidades camponesas do oriente de Morelos, em Huazulco e Amilcingo, município de Temoac, na região da “Barranca del Amatzinac”; e também, nos povos das ladeiras ao sul do vulcão Popocatépetl, pertencentes ao município de Tochimilco e Atzitzihuacán. As localidades de Morelos, ademais de cultivar o huauhtli, são especializados na elaboração de produtos à base de amaranto. Nas comunidades do volcão, esta planta se cultiva de forma muito antiga, e hoje são os principais produtores a nível nacional. Estes pueblos protegieram as variedades de huauhtli, incluso em condições desastrosas, como a perda da agua de irrigação, a través do uso da memória ancestral, agricultura, religiosidade e identidade, que se observam nas festas e feiras do calendário religioso. Desde o ano 2008, se realiza trabalho de campo na região, visitas foram feitas, recorridos, participação em eventos comunitários e governamentais, e entrevistas semi-estruturadas com os camponeses, membros das fábricas pequenas, autoridades e organizações. Se muestra a permanencia dos usos do huauhtli como principal atividade económica, tanto em a elaboração de produtos em Morelos, como na venta das sementes em Puebla. O amaranto permaneció en estas populações com vínculos comunitários, resistindo o colonialismo alimentar, o desprecio colonial, o esquecimento republicano e a insolência capitalista.

Biografia do Autor

  • Rodrigo Meiners Mandujano, Instituto de Estudios Brasileños de la Universidad de São Paulo

    Posdoctorante del Instituto de Estudios Brasileños de la Universidad de São Paulo (IEB-USP). Esta investigación contó con una beca doctoral (2013-2017), financiada por el Consejo Nacional de Ciencia y Tecnología- CONACYT, de México.

Publicado

2020-08-28

Edição

Seção

Artículos

Como Citar

Meiners Mandujano, R. (2020). Colonialismo, marginalização e permanência do huauhtli em Morelos e Puebla, México. Espiral, Revista De geografías Y Ciencias Sociales, 2(3), 035-056. https://doi.org/10.15381/espiral.v2i3.18448