Línguas ameaçadas e fortalecimento cultural: olhares a partir da Faculdade Indígena Intercultural da Unemat
DOI:
https://doi.org/10.15381/lengsoc.v23i2.27259Palavras-chave:
línguas indígenas, política linguística, ensino, pesquisa, protagonismo indígenaResumo
A Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT), por meio da Faculdade Indígena Intercultural (FAINDI), acolhe e assegura a permanência de acadêmicos/as indígenas com uma política pedagógica dialógica e uma política de línguas numa dimensão interculturalizada. Nesse sentido, este texto tem como objetivo apresentar algumas experiências desenvolvidas no âmbito dessa Faculdade e, também, no Programa de Pós-Graduação em “Ensino em Contexto Indígena Intercultural” – PPGECII, ambos da Universidade do Estado de Mato Grosso/UNEMAT, voltadas para as línguas indígenas. São ações e reflexões promovidas pela FAINDI que se voltam para uma melhor compreensão acerca de políticas linguísticas como elemento mobilizador de reconhecimento das línguas ameaçadas e, ao mesmo tempo, como mecanismo de fortalecimento cultural pela língua, através da escola, considerando-a como promotora da etnopolítica, não importando a situação sociolinguística de cada povo, mas a história e as teias conectivas sociais/culturais que condicionam, em última instância, a mudança ou a manutenção das línguas indígenas.
Referências
Azinari, A. (2022). Interculturalidade e o desenvolvimento profissional docente no contexto das diferenças culturais. Revista da Faculdade de Educação, 38(2), 59–74. https://doi.org/10.30681/21787476.2022.38.5974
Braggio, S. (2009). Políticas e direitos linguísticos dos povos indígenas brasileiros. Revista Signótica, 14(1), 129-146. https://doi.org/10.5216/sig.v14i1.7310
Brasil. (1998). Referencial Curricular Nacional para as escolas indígenas. MEC/SEF. http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action&co_obra=26700
Calvet, L.-J. (2008). As políticas lingüísticas. Parábola.
Casas, R. (2006). El desafío de la interculturalidad. Lengua y Sociedad, 8(1), 105-120. https://doi.org/10.15381/lengsoc.v8i1.26508
Castillo, F., Tutaya, N., Farronay, Z., Mahua, P. R. A. & Sanchez, N. S. T. (2022). Práxica docente crítica de la enseñanza del shipibo-konibo a monolingües de español en Perú. Lengua y Sociedad, 21(1), 109-128. https://dx.doi.org/10.15381/lengsoc.v21i1.22442
Cooper, R. L. (1989). Language Planning and Social Change. Cambridge University Press.
Lei N.º 13.094. (2023, 18 de setembro). Cooficialização da língua Bororo na cidade de Rondonópolis-MT. Diário Oficial. https://leismunicipais.com.br/a/mt/r/rondonopolis/lei-ordinaria/2023/1310/13094
Cruz, M., & Quintino, W. (2021). Descrição e documentação da(s) língua(s) Nambikwara e a formação/qualificação de linguistas nativos. Em M. Cotinguiba & P. Tondineli (Orgs.), Contextos de aprendizagem e de descrição de línguas autóctones e alóctones (1.ª ed., pp. 74-103). Unir-Edufro. https://edufro.unir.br/uploads/08899242/Colecao%20pos%20UNIR/Contextos%20de%20aprendizagem%20e%20de%20descricao.pdf
D’Angelis, W. (2016). Quando os falantes nativos são os professores, os professores são pesquisadores, e os linguistas são parceiros. Signo y seña, 29, 63–77. https://dialnet.unirioja.es/servlet/articulo?codigo=5644842
Faculdade Indígena Cultural. (2001). Projeto Político Pedagógico dos Cursos de Licenciatura Específica para Formação de Professores Indígenas. UNEMAT http://portal.unemat.br/index.php?pg=site&i=indigena&m=graduacao
Ferreira, W. & Chue, S. (2020). Produções de sentidos: Movimentos decoloniais na vivência do programa institucionalizado de iniciação à docência. Revista de Educação do Vale do Arinos – RELVA, 7(2), 63–73. https://doi.org/10.30681/relva.v7i2.5404
Ferreiro, E., & Teberosky, A. (1999). Psicogênese da língua escrita. Artes Médicas.
Freire, P. (1992). A Importância do ato de ler: Em três artigos que se completam. Cortez.
Juruna, K. (in press). Sabores e saberes tradicionais sobre os peixes do Xingu.
Maher, T. (2013). Ecos de resistência: Políticas linguísticas e línguas minoritárias no Brasil. Em C. Nicolaides, K. A. da Silva, C. H. Rocha e R. Tilio (Orgs.), Política e políticas linguísticas (pp. 117–134). Pontes Editores.
Mori, A., Cruz. M. & Quintino, W. (2017). Políticas linguísticas no curso de licenciatura intercultural da UNEMAT: Manutenção e fortalecimento das línguas indígenas. Revista de Educação Pública, 26(62/2), 569–582. https://doi.org/10.29286/rep.v26i62/2.5499
Nascimento, G. (2019). Racismo Linguístico: Os subterrâneos da linguagem e do racismo. Letramento.
Neto, M. G. (2018). Políticas linguísticas na universidade: A promoção das línguas indígenas no curso de licenciatura em formação intercultural para educadores indígenas (FIEI). Contrapontos, 18(2), 122–137. https://doi.org/10.14210/contrapontos.v18n2.p122-137
Oliveira, G. (2015). A cooficialização de línguas em nível municipal no Brasil: Direitos linguísticos, inclusão e cidadania. Em R. Morello (Org.), Leis e línguas no Brasil: O processo de cooficialização e suas potencialidades (pp. 23-30). IPOL. http://ipol.org.br/publicacoes/livros
Quijano, A. (2005). Colonialidade do poder, eurocetrismo e América Latina. En E. Lander (Org.), A colonialidade do saber: eurocentrismo e ciências sociais. Perspectivas latinoamericanas. CLACSO.
Spolsky, B. (2004). Language policy: Key topics in Sociolinguistics. Cambridge University Press.
Walsh, C. (2006). Interculturalidad y colonialidad del poder: Un pensamiento y posicionamiento “otro” desde la diferencia colonial. Em C. Walsh., A. Linera., & W. Mignolo (Orgs.), Interculturalidad, descolonización del estado y del conocimiento (pp. 21–70). Del Signo.
Walsh, C. (2013). Pedagogías decoloniales Tomo I: Prácticas insurgentes de resistir, (re)existir y (re)vivir. Ediciones Abya-Yala.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 Mônica da Cruz, Waldinéia Ferreira

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
LOS AUTORES RETIENEN SUS DERECHOS:
a. Los autores retienen sus derechos de marca y patente, y también sobre cualquier proceso o procedimiento descrito en el artículo.
b. Los autores pueden presentar a la revista Lengua y Sociedad, trabajos difundidos como pre-print en repositorios. Esto debe hacerse conocer en la carta de presentacion del trabajo.
c. Los autores retienen el derecho de compartir, copiar, distribuir, ejecutar y comunicar públicamente el artículo publicado en la revista Lengua y Sociedad (por ejemplo, colocarlo en un repositorio institucional o publicarlo en un libro), con un reconocimiento de su publicación inicial en la revista Lengua y Sociedad.
d. Los autores retienen el derecho a hacer una posterior publicación de su trabajo, de utilizar el artículo o cualquier parte de aquel (por ejemplo: una compilación de sus trabajos, notas para conferencias, tesis, o para un libro), siempre que indiquen su publicación inicial en la revista Lengua y Sociedad (autores del trabajo, revista, volumen, número y fecha).