A polissemia no âmbito da linguística cognitiva

Autores

DOI:

https://doi.org/10.15381/lengsoc.v22i2.25993

Palavras-chave:

linguística cognitiva, linguagem, polissemia, metáforas, significado

Resumo

O fenômeno da polissemia é uma preocupação constante dos estudos cognitivos, pois essa ciência entende que os significados das palavras são tipicamente polissêmicos e podem ser representados por categorias conceituais que se estruturam em torno de um protótipo central. Assim, a linguística cognitiva explica a polissemia das palavras com base nos mecanismos cognitivos que a motivam. Neste artigo, apresentamos as maneiras pelas quais a polissemia está inserida no paradigma da linguística cognitiva e os avanços que essa corrente linguística tem apresentado para mostrar que a polissemia é uma condição natural da linguagem que está ancorada na experiência corporal e social. Neste artigo, reafirmamos nossa proposta de investigar a polissemia como um fenômeno cognitivo subjacente ao processamento da linguagem.

Biografia do Autor

  • Maíra Mendes Magela, Universidad Nacional Mayor de San Marcos, Lima, Perú

    Doutoranda na Universidad Nacional Mayor de San Marcos, mestre em Linguística e bacharel em Letras e Literatura em Língua Portuguesa, ambos pela Universidade Federal do Espírito Santo. É pesquisadora há mais de 12 anos na área de estudos da linguagem; suas pesquisas têm se concentrado em linguística textual e linguística cognitiva. É professora de português e literatura há 12 anos, com experiência no ensino de português como língua materna em escolas primárias e secundárias no Espírito Santo, Brasil, bem como de português como língua estrangeira no ensino universitário em Lima, Peru. Atualmente, leciona em três universidades peruanas, como a UPC e a UNIFÉ, onde coordena o departamento de português.

Referências

Amaral, A. J. (2014). A polissemia e a representação espacial das preposições ‘de’ e ‘para’ do português brasileiro [Tesis de maestría, Universidad Federal da Fronteira Sul Campus Chapecó].

Bréal, M. (1924). Essai de sémantique. Science des significations. Gérard Monfort.

Carmo, C. B. (2005). A configuração da rede polissêmica de construções agentivas denominais x-ista: Uma abordagem sociocognitiva [Tesis de maestría, Universidad Federal de Juiz de Fora].

Croft, W. (1998). Linguistic evidence and mental representations. Cognitive Linguistics, 9(2), 151-173.

Croft, W. y Cruse, A. (2004). Cognitive Linguistics. Cambridge University Press.

Evans, V. y Green, M. (2006). Cognitive Linguistics. An Introduction. Edinburgh University Press.

Ferrari, L. (2011). Introdução à Linguística Cognitiva. Contexto.

Fillmore, C. J. (1979) Innocence: A Second Idealization for Linguistics. Berkeley Linguistic Society, 5, 63-76.

Gálvez, I. y Domínguez, F. (2016). Aspectos semánticos de la polisemia somática en el quechua Ayacucho-chanca: los casos de uma ‘cabeza’ y simi ‘boca’. Letras, 87(126), 84-103. https://doi.org/10.30920/letras.87.126.5

Gonzales, R., Collantes, W., Poma, L., Romero, R. y Saravia, S. (2022). Polisemia y metáfora en zoomorfismos en el español coloquial de Lima. Lengua y Sociedad, 21(2), 547-566. https://doi.org/10.15381/lengsoc.v21i2.23206

Jackendoff, R. (1983). Linguistics in Cognitive Science. MIT Press.

Jakobson, R. (1984). Lingüística y poética. En Ensayos de lingüística general (pp. 347-395). Ariel.

Jakobson, R. (2001). Linguística e Comunicação. Cultrix.

Johnson, M. (1987). The body in the mind: The bodily basis of meaning, imagination, and reason. University of Chicago Press.

Johnson, M. (2005). The philosophical significance of image schemas. En B. Hampe (Ed.), From perception to meaning: Image schemas in cognitive linguistics (pp. 15-33). Mouton de Gruyter.

Ibarretxe-Antuñano, I. (2010). Lexicografía y Lingüística Cognitiva. Revista Española de Lingüística Aplicada, 23, 195-213.

Ibarretxe-Antuñano, I. y Valenzuela, J. (Dirs.). (2012). Lingüística Cognitiva. Anthropos.

Lakoff, G. (1987). Women, Fire, and Dangerous Things: What Categories Reveal about the Mind. The University of Chicago Press.

Lakoff, G. (1990) The Invariance Hypothesis: Is Abstract Reason Based on Image- Schemas? Cognitive Linguistics, 1(1), 39-74.

Lakoff, G. y Johnson, M. (1980). Metaphors we live by. University of Chicago Press.

Lakoff, G. y Johnson, M. (1999). Philosophy in the Flesh: The Embodied Mind and Its Challenge to Western Thought. Nova Iorque.

Lakoff, G. y Turner, M. (1989). More Than Cool Reason: Field Guide to Poetic Metaphor. The University of Chicago Press.

Langacker, R. (1986). An Introduction to Cognitive Grammar, Cognitive Science. (Vol. 10).

Langacker, R. (1987). Foundations of Cognitive Grammar. Theoretical Prerequisites. (Vol. 1). Stanford University Press.

Langacker, R. (2008). Cognitive grammar: a basic introduction. Oxford University Press.

Lovón, M. (2010). Polisemia y formas complejas del vocablo ‘chancho’. En M. Martos y C. Arrizabalaga (Eds.), Actas del V Congreso Internacional de Lexicología y Lexicografía en Homenaje a Carlos Robles Rázuri (pp. 163-191). Universidad de Piura y Academia Peruana de la Lengua.

Milanio, G. y Ferreira, W. (2013). A interferência da polissemia do verbo fazer em sentenças causativas: uma análise linguística e cognitiva. Signo, 38(65), 98-113. https://doi.org/10.17058/signo.v38i65.4151

Sandra, D. (1998). What linguists can and can’t tell you about the human mind: A reply to Croft. Cognitive Linguistics, 9(4), 361-378.

Silva, A. S. D. (1997). A Lingüística cognitiva. Uma breve introdução a um novo paradigma em linguística. Revista Portuguesa de Humanidades, 1(1-2), 59-101.

Silva, A. S. D. (1999). A Semântica de deixar. Uma Contribuição para a Abordagem Cognitiva em Semântica Lexical. Fundação Calouste Gulbenkian e Fundação para a Ciência e a Tecnologia.

Silva, A. S. D. (2006). O Mundo dos Sentidos em Português: Polissemia, Semântica e Cognição. Almedina.

Silva, A. S. D. (2010). Polissemia e contexto: o problema duro da diferenciação de sentidos. Estudos Linguísticos/Linguistic Studies, 5, 353-367.

Silva, A. S. D. (11-17 de julio de 2011). Subjectification and polysemy: An autonomous mechanism of semantic change? 11th International Cognitive Linguistics Conference, Xi’an, China.

Silva, A. S. D. (2012). Sistema e variação: Quão sistemático pode ser o sistema linguístico num modelo baseado no uso? Revista Linguística, 8(1), 35-60.

Silva, A. S. D. (2013). Lingüística Cognitiva y cambio semántico: Prototipos, metáfora-metonimia y subjetivización. En A. P. Ocal y S. I. Recuero (Eds.), Trabajos de Semántica y Pragmática Históricas. Aportación al estudio de nuevos métodos (pp. 191-217). Editorial Complutense.

Taylor, J. (2003). Linguistic Categorization. (3.ª ed.). Oxford University press.

Thelen, E. y Smith, L. (1994). A Dynamic Systems Approach to the Development of Cognition and Action. MIT Press.

Tuggy, D. (1999). Linguistic evidence for polysemy in the mind: a response to William Croft and Dominiek Sandra. Cognitive Linguistics, 10(4), 343-368.

Ullmann, S. (1957). The Principles of Semantics. Jackson, Son & Company.

Publicado

2023-09-26

Edição

Seção

Artículos académicos

Como Citar

Mendes Magela, M. (2023). A polissemia no âmbito da linguística cognitiva. Lengua Y Sociedad, 22(2), 643-660. https://doi.org/10.15381/lengsoc.v22i2.25993