Sobre a ortografia no idioma universitário

Autores

  • Jorge Esquivel Villafana Universidad Nacional Mayor de San Marcos, Lima, Perú

DOI:

https://doi.org/10.15381/lengsoc.v1i1.26410

Palavras-chave:

ortografia, universidade

Resumo

Sob a perspectiva do princípio fonológico, é fácil reconhecer que os problemas ortográficos têm sua origem no descompasso numérico entre os elementos envolvidos: fonemas e grafemas. A inadequação quantitativa destes, por sua vez, reside na natureza diferente de seus elementos, que - com acentuada desigualdade - mudaram substancialmente ao longo de treze séculos. A rápida evolução do sistema sonoro, em contraste com a lenta renovação ortográfica, levou a um descompasso entre os dois, a tal ponto que, em muitos casos, a representação escrita deixou de ser analisada em relação à sequência fônica que se pretendia concretizar. Em vista do problema, não é difícil aceitar que muitas das falhas que frequentemente atribuímos ao escriba não são tais, no sentido de uma incapacidade ou incompetência natural para escrever, mas que essas falhas devem estar associadas ao próprio sistema de escrita, que, por ser assimétrico, torna incontrolável o seu manuseio. A escrita correta não se baseia mais em uma intuição linguística desenvolvida, nem em um princípio de internalização fonográfica que relaciona uma série de fonemas a uma sequência paralela de grafemas, mas em algo bem diferente de seu fundamento: a capacidade de ser antifonográfico.

Publicado

1998-10-23

Edição

Seção

Artículos académicos

Como Citar

Esquivel Villafana, J. (1998). Sobre a ortografia no idioma universitário. Lengua Y Sociedad, 1(1), 3-9. https://doi.org/10.15381/lengsoc.v1i1.26410